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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O PORQUÊ DE NÃO ENSINAR GEOMETRIA X OS PCNs









O PORQUÊ DE NÃO ENSINAR GEOMETRIA X OS PCNs 


           O efeito inoperante que o ensino da Geometria vem apresentando nas últimas décadas tem inspirado muitos pensadores e pesquisadores a tomarem providências emergenciais, para que haja uma revolução possível na aplicação dos seus conteúdos. Sergio Lorenzato, em seu artigo “Por que não ensinar Geometria?” adverte que são muitas as causas que levaram ao fracasso do ensino da Geometria, porém ele destaca duas causas: “a primeira é que muitos professores não detêm os conhecimentos geométricos necessários para realização de suas práticas pedagógicas” e a segunda “... deve-se à exagerada importância que, entre nós, desempenha o livro didático, quer devido à má formação de nossos professores, quer devido à estafante jornada de trabalho a que estão submetidos.”. Além destas, outras causas são citadas que, muito embora, não deixam de ser prejudiciais. Sendo uma delas o movimento da Matemática Moderna que propõe algebrizar a Geometria; por outro lado, os PCNs apresentam em seus tópicos básicos “eliminação do ensino mecânico da Matemática” e “ênfase ao ensino da Geometria”.   
          A Questão Geométrica, historicamente posta em segundo plano ou em muitos casos já quase falida, tem levantado muita polêmica na ainda iniciante Educação Matemática que está sem respostas para as muitas perguntas provenientes de reflexões em torno da caótica situação que atinge os professores e posteriormente seus alunos. Os PCNs foram introduzidos com o intuito de valorizar a compreensão das ideias para que sejam desenvolvidas atitudes positivas perante o saber em geral e do saber matemático em particular.
          No entanto, as muitas justificativas, apresentadas por professores, anulando o ensino da Geometria torna o discente incapaz e desprovido de Pensamento Geométrico, ofuscado pela Aritmetização do raciocínio. Lorenzato cita em seu texto que “’A Geometria está por toda parte’, desde antes de Cristo, mas é preciso conseguir enxergá-la ... ”  Vivemos, num mundo, cercados de formas que se repetem e que aparecem tanto de modo macro quanto micro. No texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais – 3º e 4º ciclos do ensino fundamental - para a área da Matemática temos: “A Matemática também faz parte da vida das pessoas como criação humana, ao mostrar que ela tem sido desenvolvida para dar respostas às necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e aqui leva-se em conta a importância de se incorporar ao seu ensino os recursos das Tecnologias da Comunicação.”
          Portanto, estamos diante de um processo de transição entre duas fases pedagógicas (a primeira que valoriza o conhecimento enciclopédico desvinculado com a realidade e o segundo que além de deter alto nível cultural valoriza as conexões existentes entre as áreas do saber); dentro de uma sociedade que, uma vez que exige do indivíduo conhecimento, destreza e atitude perante as suas diversidades deve capacitá-lo para tanto. O indivíduo que não se adequar às novas tendências estará inoperante para atuar no mercado de trabalho cada vez mais exigente e, por conseguinte, excluído da sociedade. Gladis Blumenthal em seu texto Os PCNs e o Ensino Fundamental em Matemática: um avanço ou um retrocesso? No parágrafo referente às interconexões da Matemática com outras áreas do conhecimento diz: “Para isso, é preciso se permitir trilhar caminhos novos e tolerar possíveis erros e mudanças de rumo.”     




Para Saber Mais:

LORENZATO, Sérgio. Por Que Não Ensinar Geometria ? 
Acessado dia 13 de dezembro de 2012.

BLUMENTHAL, Gladis. Os PCNs e o Ensino Fundamental em Matemática: Um Avanço ou um Retrocesso?
Disponível em: http://www.somatematica.com.br/artigos/a3/ 
Acessado dia 13 de dezembro de 2012.





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